digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

domingo, março 19, 2017

Aqui

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Segurado aqui por noutro não conseguir. Não agora nem prazo, sou deste lugar e sou aqui.
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Nas horas cinzentas e nas azuis, nos dias de chuva e nos azuis, no tempo da melancolia e no do azul, na fome e no enfartamento, entre a lucidez e a luz do vinho, sou aqui.
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Desde a infância e não pressinto. A praça é a mesma, Lisboa desta luz, a fala e o vigor, do rijo e do brando.
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Não invejo viajante, o meu verbo ir é o voltar.

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