digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

segunda-feira, março 13, 2017

Nem nos poetas nem na Fada dos Dentes

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Se não te tivesse escrito poemas todos os dias, ou se tos tivesse escrito, não me querias mais do que agora, não te despiria tanto e, por todo o corpo, em espírito te tomando.
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Imagino-nos no resto duma noite, num jardim florestal e exótico, no frio orvalhado tremendo, de olhos vermelhos incapazes de ver o amanhecer, ficando o abraço e os lábios, conclusão da transgressão e das palavras.
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Acordo antes de saber e sinto vergonha por te dizer. Por isso escrevo-te poemas, ninguém acredita em poetas.

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