digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quarta-feira, agosto 23, 2017

Escarlatina

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Se tivesse o azul no ânimo como o sangue dos príncipes dir-te-ia, olhos-nos-olhos, que te boca-à-boca.
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Sim, as palavras. O seu problema é dizerem e nem sempre contarem, por vezes mentirem, muitas vezes calarem-se e inumeramente enganarem na dúvida verdadeira do equívoco da cobardia.
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Sim, a cabeça. O seu problema.
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Não te mentirei e possivelmente com candura acreditarás ou ingenuamente dir-te-ás descrente.
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É tão verdade quanto a Lua. Que te olhei demoradamente nos olhos e descendo os meus pela boca, te vi o peito e fizemos amor.
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Se eu tivesse o azul do ânimo como o sangue dos príncipes e não o escarlate da desonra.

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